quinta-feira, março 09, 2006

Dulce Et Decorum Est Pro Patria Mori

Nunca fui de grandes patriotismos. O hino não me traz lágrimas aos olhos, a bandeira não me enche de orgulho... não sinto que sejam coisas quase 'sagradas' que não possam ser usadas em campanhas publicitárias da PT e associadas ao Futebol de vez em quando. Os Portugueses em geral também não são um povo pelo qual morra de amores, os estrangeiros ainda têm a delicadeza de dizer bem de nós de quando em vez, mas isso não quer dizer nada.

Apesar da ausência daquele fervor em mim, digo com toda a honestidade e naturalidade, que só quero o bem de Portugal. Ontem à noite a transmissão do resultado das eleições pela televisão, e a única coisa que me impediu de chorar foi uma pequena esperança à lá RTP que a percentagem do vencedor chegasse aos 49,9%. Claro que, quando isso não veio, agarrei me à esperança que tudo fosse um pesadelo e que iria acordar em breve, sobresaltada, e com um sentido de alivio infindável.

"Senhor Presidente" - ora está aí uma coisa que me irá custar a dizer, se algum dia vier cara a cara com o dono do nome que faz as manchetes de norte a sul. Porém o povo é soberano, o povo é quem mais ordena, e o povo vencerá (bela frase à lá Lapalisse, ex-slogan de campanha de Garcia Pereira)... e o povo ordenou.

Hoje foi a tomada de posse. Ainda nada sei sobre ela. Amanhã dirá. Espero só que Canas não seja elevada a Concelho.